Como tá o blog?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Capitulo 5: Pessoalmente é outra coisa.

A minha mãe falou, e eu parei. Olhei. OMG, era o Gabrieeeeeeeeeel! Era ele, estava de costas passando protetor solar na mãe e eu fiquei toda louca e minha mãe percebeu e perguntou o que havia comigo e eu disse que nada e depois. Pera. Eu to falando muito “e” né?
Estou nervosa. Era ele, então respirei fundo e disse:
- Nada mãe. Só lembrei que deixei o notebook ligado e vai acabar a bateria, vou subir.
E fui. Ele não podia me ver antes que...
- O que foi Bianca? – olhei pro lado e era o Matheus. O Gabis não podia me ver com o Matheus, o que ele poderia pensar?
- Ah, você esqueceu o celular na sala de jogos! Vai lá pegar, eu ia te avisar.
- Sério? – enganei ele numa boa, coitado, fui ao apartamento, penteei meu cabelo, não tinha muito o que fazer, só puis meu Wayfarer e fui na varanda. Fiquei suspirando e admirando a beleza dele, quando deu um pulo máster na piscina e rindo, até que ele olhou pra cima. Eu levei um suuusto e desci, com o coração acelerado. Acho que ele não me viu.
Quando estava descendo, no elevador encontrei o Matheus. Ele disse obrigada. Então fiquei sem entender; será que ele tinha esquecido mesmo e eu acertei?
Haha, ainda bem que ele subiu.
Então, desviei o caminho da piscina e fui no vestiário. Tão destraida com a vida, que tropecei e cai. Caraca, muita sorte a minha! Poxa, tava doendo muito meu pé, eu devia ter torcido. Eu gemi e tentei levantar, e derrepente, alguém gritou:
- Espeeeeeeera! Eu te ajudo!
E mal olhei pra trás e lá estava ele. Gabriel Gallotti em pessoa. Eu quase desmaiei, sério mesmo. AAAAA ele era lindo e eu tava quase chorando de dor no pé!
- G-Ga-briel? – gaguejei com a voz tremula.
- Bianca, meu amor, estás bem? – ele saiu correndo e foi me ajudar.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
Pera aí que eu to indo me matar e já volto.
- Não.
- Não? Eu vou pegar uma água, calma
- Fica. Por favor.
Silêncio. Mais silêncio. Coração, pára um pouco, pfv, ta muito rápido.
- Ai meu Deus, machucou muito? Calma, calma, eu to aqui.
Eu tava chorando! De dor acho. Ou não. Na frente do Gabriel? Ah, lagrima idiota, não cai, para, para.
- Ai meu Deus digo eu. Desculpa.
- Desculpa? Você caiu e pede desculpa?
- Desculpa por eu estar chorando. É que...
- Como assim? Para com isso poxa, você só caiu e deve ter machucado, eu preciso te ajudar.
- Eu to bem, acredite. Melhor agora, com você aqui.
Ele sorriu. Own cara, não acredito!
- Era eu ontem, a plaquinha.
- Porque não apareceu?
- Eu queria te conhecer de um jeito mais marcante.
- Ai droga, desculpa. Eu sempre estrago tudo, poderia ter sido melhor, e ...
- Não, não foi isso que eu quis dizer, e foi bem marcante. Levanta, você consegue? Pera, vou te ajudar, se apóia em mim.
Respira, inspira. Passei um braço por trás dele e levantei, eu tava de biquíni e um shortinho. Nós nos olhamos e o silêncio fluiu.
- Eu to bem, Gabis, obrigada (...) Eu queria que fosse diferente.
Porque em momentos assim as palavras fogem da boca? E parece que não só da minha. E parece que quando as palavras fogem, uma boca precisa da outra pra reconquistar algo a dizer. Isso é muito filósofo. Mas é o que parece porque é sempre assim. E exatamente como num filme, aconteceu.
- Se a gente fizer o momento, vai ser diferente.
Então o silêncio foi mais além e depois quebrado por uma musica de fundo, acho que vinha da piscina ou secretaria. Não era nada do tipo músicas da modinha ou pop rock, era alguma coisa mais normal, sei lá, mas tava baixa e não se ouvia voz. Agente se assustou, mas nada impediu. E se aproximamos e ele pegou no meu cabelo solto. Então...